1. ECONOMIZE ÁGUA
Não deixe a torneira aberta mais tempo que o necessário e conserte vazamentos rapidamente. Uma única torneira pingando pouco mais de uma gota por segundo pode desperdiçar, em um dia, 46 litros de água. Troque a descarga do vaso sanitário por um modelo de 6 litros ou, melhor ainda, pela de botão duplo, um para líquido e outro para sólido. Ambas estão disponíveis no mercado. O custo da troca é compensado pela economia de água, já que as descargas convencionais gastam, em média, 13 litros a cada uso. Outra alternativa é colocar, dentro da caixa de descarga, duas garrafas plásticas de refrigerante de 2 litros com areia dentro. A medida diminui em 4 litros o consumo de água a cada uso. Construa cisternas para armazenar a água da chuva. Depois, use-a para molhar as plantas e lavar o quintal. A água do último enxágüe da máquina de lavar roupa também pode ser usada para regar as plantas - os resíduos de sabão funcionam como adubo. Se tiver piscina em casa, mantenha-a coberta. Em regiões quentes, a evaporação pelo calor pode causar perda de até 3 centímetros de água em uma semana. Em uma piscina de 50 metros quadrados de superfície, isso equivale a 1.500 litros por semana.
2 PREFIRA PRODUTOS BIODEGRADÁVEIS
Varios produtos de limpeza e higiene contêm substâncias químicas tóxicas. Algumas demoram a se degradar no meio ambiente. Substituaprodutos de limpeza à base de cloro por vinagre (para desengordurar) e bicarbonato de sódio (para limpar pias e vasos sanitários). Xampus e detergentes para louça costumam conter fosfato, nutriente que provoca crescimento acelerado de algas em rios e lagos. As algas consomem o oxigênio da água e causam mortandade de peixes
3. PROCURE ALIMENTOS ORGÂNICOS
O consumo de produtos orgânicos beneficia, em primeiro lugar, a saúde. Esses alimentos não têm antibióticos, pesticidas ou metais pesados. Os orgânicos promovem também a melhoria ambiental, pois são produzidos sem o acréscimo de aditivos químicos ou pesticidas ao solo. Eles também respeitam as diferentes épocas de safra - ao contrário das grandes monoculturas, cultivadas o ano inteiro à custa de agrotóxicos e prejuízo à biodiversidade. A dieta das sociedades modernas limita-se a cerca de cem espécies (com predominância de trigo, arroz, milho e batata). Essa falta de diversidade incentiva a monocultura e o desmatamento. Mas existem 75 mil espécies que podem ser incluídas no cardápio. Prefira produtos nativos, produzidos na região onde você mora. Se os orgânicos forem caros demais, inclua pelo menos alguns produtos sem agrotóxico nas compras. É uma maneira de incentivar a produção e, no longo prazo, tornar os orgânicos mais baratos.
4. CONSUMA MENOS CARNE
A pecuária bovina é a maior responsável pelo desmatamento no Brasil. Além disso, a produção de suínos e aves consome grande parte da produção de grãos, o que pressiona as florestas. A suinocultura também é responsável pela contaminação de rios, lagos e represas. Um porco produz dejetos equivalentes aos de oito seres humanos. Boa parte dos peixes e produtos marinhos é capturada por meio de técnicas predatórias, como arrastão, e 30% do que vem na rede é jogado fora depois
5. NÃO CRIE ANIMAIS. SILVESTRES
Ter espécie nativa é,em primeiro lugar, crime previsto em lei. Contribui para a extinção daquela espécie na natureza. Antes de chegar às lojas e feiras, os animais silvestres quase sempre são maltratados. Segundo a ONG Renctas, a Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres, 38 milhões deexemplares nativos são retirados da natureza por ano no Brasil. Só um em cada dez é vendido. Os outros morrem no caminho. Se a vontade de possuir um animal silvestre for incontrolável, procure um de origem legal, proveniente de criadouro comercial registrado no Ibama. Isso vale, inclusive, para peixes ornamentais. Quase tão grave quanto manter um animal silvestre é soltá-lo de volta à natureza sem o acompanhamento de especialistas. Se não morrer, o animal pode interferir em uma cadeia alimentar estável, causando danos à biodiversidade. Um exemplo são os iguanas que foram soltos na Serra do Mar (Estado de São Paulo) e hoje competem com os predadores nativos. Não compre plantas nativas como orquídeas, bromélias, xaxins e palmitos sem certificado de origem. São espécies ameaçadas de extinção e só podem ser vendidas se forem cultivadas com essa finalidade.
6. CULTIVE ÁREAS VERDES
Cultive gramados e jardins mantendo pa vimentado apenas o que for indispensável. A infiltração no solo verde faz a água chegar mais lentamente a rios, córregos e represas, e isso reduz as enchentes. Se o jardim não for suspenso e estiver em contato direto com o solo, ele ajuda também a captar água para o lençol freático. Caso a impermeabilização por pavimento concreto seja inevitável, ela pode ser minimizada com a construção de .. minipiscinões", ou reservatórios que armazenam água e a liberam aos poucos. A água pode ser usada também no jardim e na limpeza. A falta de áreas verdes é uma dasmaiores responsáveis pelas ilhas de calor nas cidades. No município de São Paulo, a diferença de temperatura entre as áreas rurais e as menos arborizadas chega a 10 graus Celsius. Estudos associam as ilhas de calor à maior intensidade das chuvas: a precipitação fica concentrada e forte, e isso favorece as enchentes. Além de oferecer conforto térmico, a vegetação urbana valoriza os imóveis e atrai a fauna, sobretudo pássaros. As árvores nativas servem de alimento e abrigo para os animais da região.
7. DIMINUA O USO DE EMBALAGENS
Racionaliza o uso de sacolas plásticas em lojas e supermercados. Não leve três sacolas se uma for suficiente. Melhor ainda é ir às compras levando uma sacola de casa. Outra opção é pedir caixas de papelão, material mais ecológico. Preste atenção à composição das embalagens. O aperfeiçoamento das técnicas de conservação de produtos fez com que novos materiais, como papéis plastificados, ficassem mais populares e eficientes. Mas essas misturas de material dificultam tanto a degradação natural como a reciclagem. Comprar produtos a granel é outra maneira de diminuir o consumo de embalagens. Se houver a opção, escolha a embalagem mais fácil de reciclar. Em ordem de preferência: papel e papelão, vidro, lata e, por último, plástico.
8. LEIA OS RÓTULOS COM ATENÇÃO
Além de listar os ingredientes e a data de validade, o rótulo traz a procedência. Quanto mais distante for o local de origem do produto, mais transporte, mais combustível e mais embalagens foram necessários. Veja se ele tem certificação de qualidade, como a do Inrnetro. Produtos de origem florestal devem ter selo do Ibama ou do Conselho de Manejo florestal (braço brasileiro da organização americana Forest Stewardship Council, ou FSC). Produtos agrícolas devem ser certificados pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS). Os rótulos devem avisar se o produto e a embalagem são recicláveis ou se já são reciclados. Essa informação tem de estar clara, para que o conswnidor não compre o produto achando que é reciclável, quando isso vale só para a embalagem.
9. EVITE PRODUTOS DESCARTÁVEIS
Imagine a quantidade de plástico consumida por uma pessoa que toma dois cafés e dois copos de água por dia em copos descartaveis. Em um ano, são 1.460 copos. Mantenha uma caneca no escritório para uso individual. Cada mulher usa, ao longo da vida, cerca de 10 mil absorventes descartáveis. Apenas nos Estados Unidos são jogados fora 12 bilhões de absorventes e 7 bilhões de tampões por ano. Já existem no mercado opções recicláveis.
10. ECONOMIZE ENERGIA
Além de consumir 75% menos energia, elas duram de seis a dez vezes mais que as incandescentes. Cuidado, no entanto, na hora do manuseio e descarte: algumas lâmpadas fluorescentes contêm metais pesados, sobretudo o mercúrio metálico. Prefira as nacionais às chinesas, que não seguem as mesmas restrições a esse respeito. Use melhor a luz do sol, abrindo janelas, cortinas e persianas. Pinte as paredes internas com cores claras, que refletem a luz. O mais importante é manter o teto branco. Apague as lâmpadas de ambientes desocupados. Use iluminação dirigida (de spots) para leitura e trabalhos manuais. Desligue da tomada equipamentos elétricos que não estiverem em uso, como TV, aparelho de som, forno de microondas. Mais de 60% das habitações brasileiras usam o chuveiro elétrico. Considere a possibilidade de trocar por gás. Se puder, instale energia solar. Os preços podem chegar a R$ 8 mil para a casa de uma família com seis pessoas, incluindo coletores, equipamentos hidráulicos e mão-de-obra. Mas a energia solar oferece economia de até 35% no consumo elétrico e quase não exige manutenção. Com isso, o investimento pode ser recuperado em poucos anos.