"OS 06 PECADOS AMBIENTAIS DAS SACOLAS PLÁSTICAS"
Saiba porque as polêmicas sacolinhas plásticas
distribuídas aos montes por supermercados e centros comerciais em todo o mundo
são um perigo ambulante para o meio ambiente:
01. UM PROBLEMÃO QUE LEVA ATÉ 400 ANOS PARA DESAPARECER
É isso mesmo, sacos e sacolas plásticas podem
demorar até quatro séculos para se decompor, dependendo da exposição à luz
ultravioleta e outros fatores.Trata-se de um período oitocentas vezes maior que
o necessário para pôr um fim em materiais como papel ou papelão. Ao contrário
do que acontece com o lixo orgânico, que leva entre 2 meses e um ano para
“sumir” – sendo decomposto por minhocas, fungos e bactérias – a natureza
simplesmente não sabe como se livrar dos plásticos. Introduzidos na década de
1970, os sacos plásticos são relativamente novos no universo e por isso,
segundo cientistas, ainda não há um micro organismo capaz de decompor no curto
prazo esse material, dono de cadeias moleculares quase inquebráveis. Resumo da
ópera: apesar de práticas para o homem, as sacolinhas de polietileno feitas a
partir de combustível fóssil são um péssimo negócio para a natureza.
02. SOBRECARREGAM ATERROS, REDUZINDO SUA VIDA ÚTIL
Por ano, são produzidos em todo o mundo pelo menos
500 bilhões de unidades de sacos plástico, o que equivale a 1,4 bilhão a cada
dia ou 1 milhão por minuto. Imagine agora todo esse grande volume de sacolas
indo parar nos aterros e lixões a céu aberto. A cena é no mínimo pavorosa, não?
No Brasil, os sacos plásticos já representam 10% de todo lixo nacional. Quando
descartados de forma inadequada, eles comprometem a capacidade do aterro,
reduzindo sua vida útil e deixando o terreno impermeável e instável para o
processo de biodegradação de materiais orgânicos. Pra não falar do tempo quase
infinito que levam para desaparecer. Com o excesso de sacolas plásticas, os
municípios são obrigados a ampliar seus aterros sanitários.
03. CONTRIBUEM PARA INUNDAÇÕES NOS GRANDES CENTROS URBANOS
Em épocas de chuva, as sacolas mostram as
consequências do descarte incorreto, entupindo bueiros nos grandes centros
urbanos. Distribuída a torto e a direito por farmácias, padarias, lojas e
principalmente mercados, elas fazem um verdadeiro estrago. Leves e finas, as
sacolinhas são varridas pelo vento e pela chuva para os bueiros, prejudicando o
escoamento de água, o que contribui para ocorrência de enchentes. Claro que
elas não são as única culpadas pelas enchentes e inundações das cidades, mas
contribuem muito para agravar o quadro de impermeabilização urbana. Além disso,
bueiros entupidos por plásticos tornam-se o ambiente ideal para a reprodução de
insetos transmissores de doenças, como mosquitos da dengue.
04. FORMAM ILHAS DE LIXO PLÁSTICO NOS OCEANOS
Nem os oceanos escapam da “plastificação” em massa.
Os resíduos plásticos dos aterros urbanos são carregados por enxurrada para o
mar ou despejados diretamente nos rios pela população. E eles viajam milhares
de quilômetros, sendo encontrados em ilhas e regiões marítimas remotas, bem
longe da presença humana. Para se ter uma ideia, uma imensa área entre o
litoral da Califórnia e o Havaí ganhou o nome de Lixão de Pacífico. Trata-se
uma faixa formada por resíduos com extensão aproximada de 1,6 mil quilômetros
que fica à deriva no mar. Outro exemplo assustador da “plastificação"
oceânica pode ser encontrado entre o Rio de Janeiro e a ilha de Ascensão, uma
possessão britânica que fica no meio do Oceano Atlântico, no sentido de Angola,
no Continente Africano. Uma expedição do projeto 5 Gyres, que avalia a poluição
dos oceanos por resíduos plásticos em todo o mundo, encontrou fragmentos
plásticos ao longo de todo o percurso de 3,5 mil km entre o Rio e a ilha, como
se formassem uma linha fina e ininterrupta de lixo.
05. MATAM MILHARES DE ANIMAIS POR ASFIXIA E INGESTÃO
A poluição dos oceanos por resíduos plásticos têm
consequências catastróficas para a vida nesse ecossistema. Muitos animais podem
morrer por asfixia ou ingestão de fragmentos. Entre as principais vítimas estão
tartarugas marinhas, peixes e aves como o albatroz. Estimativas do Programa de
Meio Ambiente da ONU (UNEP) apontam que anualmente o plástico é responsável
pela morte de pelo menos um milhão de animais marinhos. Pelo volume no
estômago, o animal que ingere o plástico acha que não precisa se alimentar e
acaba morrendo por inanição, isso se não for asfixiado antes. Pior, quando o
corpo do animal se decompõe, o plástico ingerido é liberado novamente no meio
ambiente.
06. LIBERAM SUBSTÂNCIAS TÓXICAS AO SE DECOMPOR
A decomposição de sacos plásticos na natureza,
ainda que demorada, libera substâncias químicas que contaminam o meio ambiente.
No mar, esse processo é acelerado devido à exposição do resíduo ao sol e a
água. Segundo estudos da Universidade de Nihon, no Japão, quando o plástico se
decompõe no mar, libera bisfenol-A (BPA) e oligômero (PS), substâncias químicas
tóxicas que podem afetar a reprodução, o crescimento e o desenvolvimento de
animais marinhos. Os males do saco plástico não terminam aí. A tinta usada para
impressão colorida possui cádmio, um metal pesado altamente tóxico nocivo ao
meio ambiente e à saúde dos animais.
Obs:
Imagens e informações extraídas do site:
alysouza.wordpress.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário