Obs: Imagem extraída do site: http://amorporgaia.blogspot.com/
"A EDUCAÇÃO AMBIENTAL É TAMBÉM UMA EDUCAÇÃO PARA PAZ"
Não cabe, em educação ambiental, um ensino do tipo mero transmissor de conhecimentos pois os problemas ambientais de nosso mundo não resultam na falta de conhecimento ou informação, caso contrário, pessoas bem informadas não promoveriam agressões ambientais.
A educação ambiental deve buscar a motivação do aluno para a mudança de atitudes, de valores, sensibilizá-lo para a transformação ambiental de sua realidade, estimular uma nova ética mais solidária e responsável tanto com nossos semelhantes quanto com os demais seres da Criação. Os alunos não são ‘páginas em branco’ sem história ou experiências ambientais anteriores, pois já trazem uma bagagem ambiental, só que essa visão é às vezes romântica, como se as questões ambientais dissessem respeito apenas às plantas e aos bichos, uma visão embrionária de cidadania, onde o mundo melhor que desejamos começa no outro, uma visão utilitarista, onde o Planeta e os outros seres não passam de recursos, justificando o seu uso e abuso em nome do desenvolvimento da espécie humana.
Os meios de comunicação, principalmente a televisão, exibem grande número de informações ambientais, no entanto, não possuem o caráter pedagógico requerido para o ensino do meio ambiente, mas isso não significa que se deva recusá-los. É mais o caso de complementá-los, lidando com as informações e conceitos veiculados para ajudar os alunos na reflexão sobre os fatos, relacionando-os com suas realidades vividas. Nesse processo, os alunos ao mesmo tempo que adquirem os instrumentos intelectuais necessários para a compreensão do mundo em que vivem, motivam-se a transformá-lo, buscando solução real para os problemas apresentados, atacando suas causas. Neste sentido, se adequadamente utilizada, os meios de comunicação podem se tornar importantes instrumentos do professor na formação do aluno, como, por exemplo, usar em sala de aula jornais, revistas, vídeos com temas ambientais.
Outra ideia interessante é aproximar o aluno de seu meio ambiente através de passeios ecológicos, estudo do meio, estudo de caso, etc., que estimulem a troca de informações, visões e experiências sobre o meio ambiente na comunidade, seus problemas concretos e possibilidades de solução, seguido de debates cidadãos e trabalhos científicos, mas agora num clima de interesse pelos fenômenos naturais e os conceitos sobre a natureza, a ideia de ecossistema, as cadeias alimentares, os ciclos naturais, o profundo poder de interferência da espécie humana na modificação – para pior ou melhor – do seu meio ambiente. Os alunos estarão partindo do local para o global, da realidade que conhecem e dominam para a que não conhecem e desejam dominar.
Os debates podem ser momentos muito ricos de possibilidades envolvendo o convite a ambientalistas, líderes comunitários, agentes governamentais, promotores públicos, pessoas que lidam com a problemática ambiental local preparando os alunos antes para aproveitarem bem o encontro, realizando perguntas interessantes que os motivem para a participação cidadã ambiental.
Nenhuma experiência seria mais enriquecedora que a organização, com os próprios alunos de um grupo ambiental na escola, como os Clubes de Amigos do Planeta. Ao mesmo tempo em que vão tomando conhecimento sobre a problemática ambiental em seus diversos aspectos, sobre as alternativas de soluções, sobre a necessidade de mudança de valores e atitudes, também vão construindo a própria cidadania ambiental, passam a valorizar o trabalho em equipe pelo bem comum, aprendem a ser democráticos, ou seja, a discutir e negociar opiniões diferentes num ambiente pacífico sem precisar recorrer a armas ou agressões físicas. Neste sentido, a educação ambiental é também uma educação para a paz.
Obs: Artigo: “A Educação ambiental é também uma educação para a paz”, autor: Vilmar Berna, e foi retirado do site: http://www.escritorvilmarberna..com.br
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