"EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS DESAFIA A PENSAR GLOBAL E AGIR LOCAL"
Com muita frequência o problema ambiental que está à nossa frente tem suas origens num tempo e num espaço muito distante do momento atual e do espaço geográfico onde aparecem suas manifestações mais visíveis. Estão já bastante consolidadas as imagens e representações imaginárias sobre esta interdependência intrínseca das questões ambientais planetárias. Simbolicamente podemos dizer que o primeiro sinal deste processo de globalização veio da década de 50 do século passado com as viagens interplanetárias. Foram elas que pela primeira vez permitiram que a espécie humana visse a terra de um ponto externo a ela. A frase do cosmonauta russo Yuri Gagárin: "A terra é azul", não só mostrou que o planeta era uma construção única e portanto, frágil, como aplica um duro golpe em nossa visão antropocêntrica através da qual nos acostumamos a ver a nossa espécie como dona e senhora absoluta do universo...
Para Carlos Walter Porto Gonçalves (2006:11), um dos pioneiros na educação ambiental brasileira, a partir de então passamos a viver imersos num globo real e que navega no espaço."É um globo que lá está, objetivamente, e que nos foi colocado por uma objetiva que a fotografou. A Terra é um Globo". Gostemos ou não, algo muito importante foi decretado: a dissolução definitiva da idéia tradicional de fronteira ...
Isso faz jus à máxima do pensamento ecologista que nos desafia a PENSAR GLOBAL E AGIR LOCAL. Não podemos mais deixar de considerar essas questões ao nos indagarmos sobre as questões ambientais e, consequentemente, quando pensamos em alternativas metodológicas de trabalho com educação ambiental, seja na escola ou em que outros espaços forem ...
Obs: Trechos retirados da obra: "EDUCAÇÃO AMBIENTAL: SOBRE PRINCÍPIOS, METODOLOGIAS E ATITUDES", autor: VALDO BARCELOS, 2ª Edição, Petrópolis, RJ: Vozes, 2009, páginas: 59, 60 e 61. Esta obra faz parte da Coleção Educação Ambiental.
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