Educação Ambiental na EEEFM "Rio Caeté" BRAGANÇA - PA

" EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA RIO CAETÉ "
( BRAGANÇA - PARÁ - BRASIL )

03 setembro 2010

Um Defensor da Natureza

Publicamos a seguir um texto extraído do blog do prof. Tarcísio, em que faz uma crítica as responsabilidades ambientais dialogando com a pesquisadora Maria do Carmo Carvalho.

CARVALHO, Maria do Carmo Naif. O meio ambiente e a sociedade, in: Gestão de pessoas. Rio de janeiro. SENAC Nacional, 2004.p 65-72.


Embarcação ribeirinha na Amazônia
O meio ambiente e a sociedade apresentados por Carvalho (2004) nos trás uma discussão a cerca da problemática ambiental enfrentada atualmente, cujas bases se estendem por diversos campos sociais, “político, histórico, ecológico, econômico, psicológico e religioso” (p.65).
Para nos instigar sobre os aspectos a que a autora aborda em seu trabalho, a princípio nos remete a algumas questões atuais sobre o ambiente e segue com indagações que nos forçam a pensar sobre o ambiente em que nos inserimos atualmente, pelas mudanças que a terra e as espécies passaram, novas surgiram e muitas desapareceram.
A autora trata o ambiente como um sistema cíclico, que, no entanto está passível de sofrer alterações de acordo com o equilíbrio social, sobretudo do sistema político, omisso e imoral ante suas responsabilidades segundo ela.
Nos mostra o que fazemos e atitudes que frequentemente tomamos sem pensar em gravidades e implicações resultantes, evidenciando desta forma o homem como parte do ambiente. O que ao ambiente for causado enquanto dano resultará em conseqüência ao homem, uma vez sendo estes indissociáveis.
Segundo a autora “ao introduzir elementos da comunicação e da técnica, nossa espécie transcendeu a evolução biológica natural” (p.66), fato que impõe sobre o que seja feito pelo homem ponha em risco a vida na terra. Um princípio de ação e reação, em que toda ação humana danosa a terra terá em conseqüência uma reação da terra sobre a vida humana e também outras, uma vez sendo todos interdependentes.
A responsabilidade em resgatar o equilíbrio é tratada como de cada um. Todos devem rever seus conceitos, crenças, atitudes e hábitos de consumo, assim fazendo um esforço para compensar os problemas que causamos.
Alguns problemas tal como o da população mundial, tratada como sendo conseqüência da pobreza, devem ser sanados. Segundo a autora a partir da redução da pobreza, vista por ela como fator agravante, aliado ao aumento constante do endividamento dos países do hemisfério sul faz com que se perpetue uma pressão sobre os recursos.
É preciso antes de tudo uma mudança que ainda não se concretizou para muitos de nossos governantes, e, sobretudo uma conscientização para que possamos garantir a manutenção de futuras gerações e da terra como um todo. Para isso a autora finaliza deixando três princípios necessários para se adotar uma cultura ecológica.
O primeiro, a interdependência, trata dos processos vivos relacionados e por isso uma sociedade consciente disso é necessária. O segundo, da natureza cíclica em que não há uma entropia, diferente da ação humana que gera uma entropia, um desperdício de biomassa, segundo ela ”o maior conflito entre a economia e a ecologia reside no fato de a natureza ser cíclica e a indústria linear” (p.71). O terceiro princípio é o da cooperação, em que cada um pode ser capaz de compreender a necessidade do outro e por isso mesmo ser consciente de sua responsabilidade com a natureza.
Penso que as atitudes hoje preponderantes são fruto de uma ideologia desenvolvimentista, mais econômica que social. Ótica que pôs a natureza em risco por acreditar a principio que os recursos eram infinitos.
Os recursos são tão finitos quanto a vida humana, pois ambos estão interligados, o fim de um resultará na extinção do outro, resultado de uma força de ação e reação como já salientado. Entretanto é preciso refletir sobre as responsabilidades perante a natureza, deixar responsabilidades iguais para ações impactantes diferentes sobre a natureza é em grande parte prejudicar alguns e beneficiar outros. Pergunta-se então, todos temos as mesmas responsabilidades com a natureza? Certamente que sim, mas quando se fala em culpas iguais a resposta que daria seria, claro que não!
Pensemos, por exemplo, na ação de uma indústria pesqueira que atua em um determinado local e distribui sua mercadoria para ser vendida no mundo inteiro. A pressão sobre a natureza local e os danos causados pela indústria são evidentes, agora se pegássemos com exemplo um ribeirinho amazônico que extrai da floresta algum tipo de madeira, palha e outros para construir sua humilde moradia, um dia após o outro retira dos rios e de algumas palmeiras, como o açaizeiro, o seu alimento e pequeno excedente para ser comercializado na cidade para suprir necessidade de outros produtos, será que ambos tem a mesma culpa sobre os problemas que afetam o planeta? Penso que não. Quem deve ser desse modo conscientizado sobre ações de preservação do meio ambiente, ambos?
Utilizando o mesmo exemplo da autora sobre o garoto que salvava as estrelas – do - mar, uma após a outra, evidenciando a responsabilidade de cada um questiono: quantas estrelas do mar a indústria deve salvar? E quantas o ribeirinho? É certo que todos devemos ter responsabilidades, porém em proporções diferentes, pois para salvar “as estrelas do mar” digamos que prejudicadas por um ribeirinho se demandaria a mesma ação que para salvar as prejudicadas pela indústria, porém em menor tempo e com menos esforço. Dar responsabilidades iguais para intensidades diferentes de ações favorece para que alguns lucrem e outros levem culpa.
É certo que danos que acontecem em uma parte do mundo afetam o mundo inteiro, mas será moral ou ético um habitante da África racionalizar água porque esta falta em seu espaço, sobretudo devido a mudanças no clima provocadas pelo aquecimento global, decorrentes de emissões de gases principalmente pelos países ricos, enquanto um americano usa até dez vezes mais água do que necessita, sendo eles responsáveis pelo que acomete a população africana? É uma necessidade de sobrevivência que impõe os africanos racionalizar a água, não uma responsabilidade proporcional ao dano que causam.
Creio que a numerosidade da população no países pobres não seja um fator que se sobressaia quando nos referimos a danos ao ambiente como propõe a autora. Se fizermos isso estaremos voltando ao século XIX com a teoria dos pricípios da população do inglês Thomas Robert Malthus. A pobreza e a população não são responsáveis pelo que acomete ao ambiente, basta tomar como exemplo a China com sua gigantesca população de 1,3 bilhões de pessoas, é o país que mais tem usuários de bicicletas.Comparando o padrão de vida dos EUA em que quase toda família tem entre 1 e 3 carros, não tem nem 1/5 da população da China e é responsável pela maior parte das emissões de gases danosos ao ambiente no mundo, veremos neste exemplo que ter uma população numerosa não é o problema, o problema está nos hábitos, no modo de vida. Devemos sim nos preocupar, mas se a população dos países pobres adquirirem o mesmo poder de consumo dos países ricos, e parece ser isso que a indústria quer buscar, consumidores em potencial.
Assim, devemos nos conscientizar, mas para saber o papel de cada um e poder questionar e impedir aqueles que agridem e ameaçam o ambiente.

12 julho 2010

Estudo permite a identificação da fonte de contaminação da água

Uma pesquisa, desenvolvida pela pesquisadora Camila Carlos, autora da dissertação “Identificação de marcadores moleculares hospedeiro-específicos de Escherichia coli de águas superficiais do Estado de São Paulo”, apresentada no Instituto de Biologia, IB, da Universidade Estadual de Campinas, Unicamp, permite a identificação da fonte de contaminação fecal na água.
Segundo a pesquisadora, quando se conhece a fonte de contaminação, medidas mais efetivas podem ser tomadas, para a remediação das águas superficiais. Ela conseguiu obter marcadores moleculares que possibilitam a diferenciação dos coliformes. É possível saber se a contaminação acontece por fezes de humanos, gado, porcos, aves ou outras espécies.
A partir da descoberta outros pesquisadores poderão implantar a técnica para o rastreamento das fontes. De acordo com Camila, é difícil encontrar os marcadores para cada animal, mas é possível se a avaliação for feita a partir de caracteres fenotípicos. “Eles se mostraram mais eficientes que os genotípicos neste caso. Isso pode ser porque as características genotípicas podem variar mais que as fenotípicas”, explicou.
As diferenças foram observadas, a partir da avaliação fenotípica, pelas características geradas pelo sistema digestivo dos animais, que estão associadas aos hábitos alimentares. “Esse método é importante para estudos futuros, nos quais se pretende conhecer a fonte contaminadora. Por exemplo, em amostras coletadas perto de área rural, encontramos mais coliformes de animais”, afirmou a pesquisadora.
A identificação da fonte  facilita a avaliação dos riscos de contaminação e responsabilização de despejos clandestinos. “Quando se tem um reservatório de água muito grande e rodeado por muitos empreendimentos e é observada uma contaminação fecal maior que a permitida, essa abordagem permite a identificação da fonte, possivelmente clandestina, de contaminação fecal”, concluiu.
*Com informações da Unicamp.

11 julho 2010

Emissão Veicular


O Brasil, como todo país em desenvolvimento, apresenta um crescimento explosivo de suas regiões metropolitanas. 



Só o estado de São Paulo enfrenta uma situação particularmente preocupante por deter cerca de 40% da frota automotiva do país. Segundo dados da PRODESP, a frota motorizada no Estado de São Paulo, em dezembro de 2007, é de aproximadamente 16,9 milhões de veículos. A frota da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) representa cerca de 8,5 milhões de veículos. A frota de veículos do ciclo Diesel (caminhões, ônibus, microônibus, caminhonetes e vans), no Estado de São Paulo, é composta por 1.077 mil veículos e na RMSP por 457,6 mil veículos.

Nas áreas metropolitanas, o problema da poluição do ar tem-se constituído numa das mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habitantes. As emissões causadas por veículos carregam diversas substâncias tóxicas que, em contato com o sistema respiratório, podem produzir vários efeitos negativos sobre a saúde. Essa emissão é composta de gases como: monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos (HC), óxidos de enxofre (SOx), material particulado (MP), etc.

O monóxido de carbono (CO) é uma substância inodora, insípida e incolor - atua no sangue reduzindo sua oxigenação.

Os óxidos de nitrogênio (NOx) são uma combinação de nitrogênio e oxigênio que se formam em razão da alta temperatura na câmara de combustão - participa na formação de dióxido de nitrogênio e na formação do "smog" fotoquímico.

Os hidrocarbonetos (HC) são combustíveis não queimados ou parcialmente queimados que é expelido pelo motor - alguns tipos de hidrocarbonetos reagem na atmosfera promovendo a formação do "smog" fotoquímico.

A fuligem (partículas sólidas e líquidas), sob a denominação geral de material particulado (MP), devido ao seu pequeno tamanho, mantém-se suspensa na atmosfera e pode penetrar nas defesas do organismo, atingir os alvéolos pulmonares e ocasionar:

• mal estar;
• irritação dos olhos, garganta, pele etc.;
• dor de cabeça, enjôo;
• bronquite;
• asma;
• câncer de pulmão.

Outro fator a ser considerado é que essas emissões causam grande incômodo aos pedestres próximos às vias de tráfego. No caso da fuligem (fumaça preta), a coloração intensa e o profundo mau cheiro das emissões causam de imediato uma atitude de repulsa e pode ainda ocasionar diminuição da segurança e aumento de acidentes de trânsito pela redução da visibilidade.
Cetesb (http://www.cetesb.sp.gov.br/Ar/emissoes/introducao2.asp)

10 julho 2010

Ozônio - O3


O ozônio é um gás composto por três átomos de oxigênio, invisível, com cheiro marcante e altamente reativo.


Quando presente nas altas camadas da atmosfera (estratosfera) nos protege dos raios ultravioletas do sol. Quando formado próximo ao solo (troposfera) comporta-se como poluente tóxico. É o principal representante do grupo de poluentes designados genericamente por oxidantes fotoquímicos, sendo formado pela reação dos hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio presentes no ar, sob ação da radiação solar. Pode causar irritação dos olhos e redução da capacidade pulmonar. Agravar doenças respiratórias, diminuir a resistência contra infecções e ser responsável por disfunções pulmonares, como a asma. O ozônio interfere na fotossíntese e causa danos às obras de arte e estruturas metálicas.

Portal do Meio Ambiente – PR (http://www.meioambiente.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=75.